Indicadores financeiros
Em novembro, a bolsa de valores acumulou perdas ao longo do mês, enquanto o dólar se valorizou. Um dos maiores destaques fica para o Índice VIX, que novamente passou por uma queda — indicando um nível de confiança potencialmente maior. Veja quais foram os indicadores de novembro!
Destaques do mês de novembro
Em novembro começaram os trabalhos da equipe de transição do Governo eleito, com as primeiras sinalizações a respeito das medidas econômicas. Por conta disso, o risco fiscal aumentou no país, enquanto o cenário internacional permanece preocupado com a evolução da inflação.
Para você se aprofundar nos acontecimentos do mês de novembro, apresentamos os destaques dos relatórios “Resumo da Semana”, da XP Investimentos.
Confira!
Republicanos passam a controlar a Câmera e democratas mantêm maioria no Senado
Em novembro ocorreram as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. Segundo as pesquisas, havia a indicação de uma “onda vermelha”, passando o controle da Câmara e do Senado para o Partido Republicano com ampla vantagem.
Embora os republicanos tenham obtido o controle da Câmara, a diferença foi de 7 cadeiras: 220 a 213. Já no Senado, o Partido Democrata conseguiu manter o controle da Casa.
Com isso, diversos analistas apontaram que Donald Trump, ex-presidente dos EUA, sofreu uma derrota política, já que ele apoiou candidatos que não se elegeram.
Reino Unido anuncia pacote fiscal de £ 55 bilhões
Devido ao cenário desafiador de estagflação, o ministro britânico de finanças, Jeremy Hunt, anunciou um pacote fiscal de £ 55 bilhões (cerca de R$ 350 bilhões). A ideia é utilizar os recursos para ajudar a população a lidar com a inflação — provocada, principalmente, pelo aumento do custo com energia.
Esse dinheiro será obtido pelo corte de custos e pela cobrança de novos impostos, como a taxação sobre os lucros extraordinários de empresas de energia elétrica. A expectativa é que o valor ajude a recompor as contas públicas e ajude o Reino Unido a lidar com uma possível recessão econômica.
PEC de transição é apresentada ao Congresso Nacional
Os trabalhos do grupo de transição do novo Governo eleito concluíram que não haveria orçamento suficiente para pagar R$ 600 mensais no Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil). Então, para cumprir a promessa de campanha, o grupo apresentou a PEC da Transição para o Congresso Nacional.
A proposta visa a retirar o Bolsa Família do teto de gastos por 4 anos, liberando R$ 198 bilhões fora do teto. O mercado, entretanto, reagiu com receio devido ao risco fiscal mais elevado em caso de aprovação da proposta como foi apresentada.
Fed prevê desaceleração no ritmo da alta de juros
Apesar de o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ter feito um discurso duro contra a inflação no começo do mês, a ata do Federal Open Market Committee (FOMC) trouxe expectativas quanto ao ritmo do aumento da taxa de juros.
Considerando as percepções divulgadas na ata, o mercado passou a prever um aumento menor na taxa de juros americana, de 0,50 ponto percentual. Embora isso ainda não signifique a redução da taxa de juros, a diminuição no ritmo dos aumentos é vista positivamente.
PIB dos EUA cresce no terceiro trimestre e surpreende mercado
No terceiro trimestre de 2022, a economia dos Estados Unidos apresentou um aumento de 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é maior do que o esperado por analistas, indicando uma possível resiliência da economia americana.
Os resultados aumentaram o otimismo do mercado em relação ao cenário dos Estados Unidos. Entretanto, a recessão não está descartada. Isso acontece devido ao patamar da taxa de juros americana.
Bolsa brasileira cai 3% e dólar sobe 0,69%
Devido ao cenário de instabilidade causada pelo aumento de risco fiscal, o desempenho do Ibovespa apresentou resultado negativo em novembro. O índice da B3 fechou o mês em 112.486,01 pontos, um resultado negativo de 3,06%.
Já o dólar seguiu o caminho contrário. Apesar de ter fechado o último pregão do mês com resultado negativo, a moeda americana acumulou um resultado positivo de 0,69%.
As expectativas para dezembro
Após conferir os destaques de novembro, vale a pena saber quais são as expectativas para dezembro. Assim, você entenderá quais elementos podem afetar seus resultados e poderá avaliar se vale a pena rever a sua estratégia.
Confira o que esperar para o mês!
Novas discussões sobre a política fiscal brasileira
Uma das principais expectativas para dezembro envolve a evolução das discussões sobre a política fiscal a ser adotada a partir de 2023. Ao longo do mês, o Congresso deve discutir a PEC de Transição, que também poderá ser votada.
Ainda, é esperado que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anuncie o seu ministério — com destaque para os nomes da equipe econômica.
Decisão sobre a Selic e taxas de juros de outros mercados
Em dezembro, há uma expectativa sobre o valor de encerramento do ano da Selic e de outras taxas de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom), por exemplo, discutirá a Selic em 6 e 7 de dezembro.
Já a reunião do FOMC para falar da taxa americana acontecerá em 13 e 14 de dezembro. No caso do Banco Central Europeu (BCE), a última reunião acontecerá em 15 de dezembro.
Ao conferir este boletim, você consegue se manter informado tanto sobre os destaques de novembro como em relação às expectativas para dezembro. Assim, é possível analisar o mercado e tomar decisões de maneira mais consciente.
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Fonte: Target Invest