Caminhando para os últimos meses do ano de 2023, o mercado brasileiro apresentou mudanças no cenário econômico, surpreendendo os economistas. Em outubro ocorreu a queda na expectativa da inflação e da taxa Selic.
Ao contrário do que se esperava, esses movimentos não representaram altas na bolsa de valores (B3), que registrou um mês com baixas no Ibovespa — o principal índice acionário so Brasil. As variações estão em grande medida relacionadas ao cenário internacional.
Neste boletim mensal, você acompanhará os destaques de outubro de 2023 para esse ambiente, além de saber o que esperar para o mês de novembro.
Acompanhe!
Indicadores financeiros
Acompanhar os principais indicadores financeiros é fundamental para orientar as suas decisões relacionadas ao dinheiro. Em outubro, a Selic permaneceu em 12,75%, com projeção de queda até o final do ano.
Já a inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve uma elevação de 0,21% no mês. O resultado foi inferior ao de setembro, que estava em 0,35%, e ficou dentro da expectativa.
Até o dia 31 de outubro, os principais índices de mercado estavam da seguinte maneira:

Destaques do mês de outubro
Outubro de 2023 teve movimentações importantes no cenário nacional e internacional. As expectativas da economia em alguns segmentos não foram alcançadas, exigindo atenção dos operadores para os próximos meses.
Veja os principais acontecimentos do mês, com base nos relatórios divulgados pela XP Investimentos!
Inflação nos EUA pode elevar novamente taxa de juros
A economia dos Estados Unidos tem o potencial de afetar o restante do mundo. Portanto, é necessário observar as suas variações para entender o cenário interno. Os EUA vivem um momento de alta da inflação — que está regredindo lentamente, mas não no nível esperado pelo mercado.
Assim, o mundo acompanha os resultados do país e as próximas manobras do Federal Reserve (Fed). A taxa de juros dos Estados Unidos seguiu entre 5,25% e 5,50%, levantando o questionamento sobre um possível ajuste, elevando o percentual da taxa.
Cabe destacar que uma subida nos juros do país afeta os mercados globais, por exemplo, com a migração dos investimentos para a renda fixa estadunidense. Esse efeito reduz o capital em ativos de risco, como alguns disponibilizados no Brasil.
China tem desempenho abaixo das expectativas
Outro mercado importante para a economia global é a China. Ela chegou a outubro sem atender às expectativas de crescimento do início do ano — que eram de 5,2% no seu Produto Interno Bruto (PIB). A projeção foi reduzida para 4,8%.
Um receio sobre a economia chinesa é a iminência de uma crise no mercado imobiliário. O país enfrentou a quebra de uma das gigantes desse mercado, a Evergrande, e agora vê as ações de outra empresa do mesmo patamar, a Country Garden, ter quedas históricas em suas ações.
Cabe destacar que esse mercado é o maior consumidor de minério do mundo. Logo, uma redução em seu consumo prejudicaria as exportações da commodity, bem como de outras matérias-primas, ao nível global. Os efeitos seriam diretamente sentidos pelo Brasil, que é um grande exportador desses insumos.
Redução na previsão do PIB brasileiro
O Boletim Focus de 23 de outubro estimou um crescimento do PIB brasileiro de 2,90%, uma redução 0,02 ponto percentual em relação à projeção da semana anterior. A expectativa ainda é superior à do início do ano, que era de 0,65%, em janeiro.
Com a inflação dentro da meta, ainda fica o alerta em relação ao nível de atividade econômica nos últimos meses do ano. Mas, de acordo com as projeções, 2023 se encerrará com um resultado próximo dos 3%.
Mercado reage às metas fiscais do Governo
O Governo sinalizou mudanças importantes para a arrecadação até o final de 2023. Entre elas estão a reforma tributária e a possibilidade de não cumprimento da meta fiscal em 2024. As falas do presidente Lula levantaram o alerta sobre a possibilidade de maior tributação para as empresas de capital aberto.
O mercado reagiu com uma queda de 1,22% no Ibovespa em 27 de outubro. No mesmo dia, o dólar, que apresentava uma tendência de queda, subiu 0,44%, ficando cotado a R$ 5,01.
Expectativas para novembro
Você viu os principais acontecimentos de outubro no Brasil e no mundo, além de saber como eles afetam o mercado financeiro. Agora é o momento de ver o que esperar para novembro e orientar as suas decisões.
Confira!
Decisão do Copom sobre a taxa de juros
Uma das grandes expectativas do mercado diz respeito às políticas monetárias relacionadas à taxa Selic. O Banco Central sinaliza a possibilidade de realizar novas reduções, com a perspectiva de que o indicador chegue ao final do ano em 11,75%. Para 2024, espera-se a estabilidade da taxa em 9%.
Porém, as políticas fiscais deixaram os economistas atentos para a possibilidade da manutenção do patamar da Selic até o fim do ano. Assim, é relevante ter atenção para as novas decisões do Copom (Comitê de Política Monetária).
Redução na inflação
Como você viu, a inflação desacelerou em outubro. A previsão é de que a tendência permaneça, indo de 0,32% para 0,30% em novembro e de 0,52% para 0,51% em dezembro.
No decorrer do ano, os resultados estiveram dentro das expectativas, então há grandes chances de a tendência se concretizar nos últimos dois meses. Esses fatores afetam principalmente o poder de compra, que está intimamente relacionado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Neste boletim, você teve contato com os principais acontecimentos da economia nacional e internacional no mês de outubro de 2023. Além disso, foi possível conhecer algumas das perspectivas para o mercado para novembro. Assim, você pode avaliar as suas decisões relacionadas às finanças.
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Fonte: Target Invest