Junho de 2023 foi um mês com resultados positivos tanto no mercado interno quanto no cenário externo. Contextos assim trazem oportunidades para os investidores, então é fundamental conhecer e acompanhar os resultados.
Ao mesmo tempo, vale considerar que esse desempenho não é garantia do que acontecerá nos próximos meses, sendo importante conhecer as perspectivas para julho. A partir desses dados, você pode ajustar sua estratégia, caso faça sentido.
Para ajudar nesse processo, nós preparamos este boletim mensal, com os destaques de junho e as projeções para julho.
Acompanhe!
Indicadores financeiros
Em junho, a bolsa de valores brasileira (B3) teve um desempenho positivo, enquanto o dólar sofreu uma queda. Outro grande destaque do mês foi o índice VIX — ou Índice do Medo —, que sofreu uma queda de quase 25% quanto à percepção de risco do mercado, em relação ao mês de maio.
Acompanhe os resultados dos principais indicadores financeiros em junho!
Destaques do mês de junho
Em junho, os mercados se mostraram relativamente mais otimistas e isso se refletiu nos resultados internos e externos. Como algumas das questões podem continuar impactando seu portfólio, é interessante entender quais foram os principais motivos para esses números.
Aqui, vale considerar as informações dos resumos semanais do mercado da XP Investimentos. Confira!
Congresso americano aprova aumento no teto da dívida do Governo
No começo de junho, o Congresso dos Estados Unidos aprovou o projeto que eleva o teto da dívida norte-americana. A votação ocorreu poucos dias antes do vencimento da medida, o que causaria um calote na dívida soberana do país.
Com a aprovação, os índices de bolsas americanas reagiram positivamente, além de ocorrer a diminuição da tensão política sobre as questões orçamentárias.
Fed paralisa aumento na taxa de juros e Copom mantém Selic
Com a justificativa de avaliar melhor o cenário econômico, o Federal Reserve (Fed) decidiu manter a taxa de juros americana na reunião de junho. Foi a primeira vez, em mais de um ano, que o Federal Open Market Committee (FOMC) não alterou a taxa de juros dos Estados Unidos.
No entanto, a expectativa é que ainda ocorram dois aumentos na taxa dos EUA até o final do ano. Com isso, ela pode chegar ao intervalo de 5,63% a 5,83%.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) também decidiu manter a taxa Selic no patamar de 13,75%. Essa foi a sétima vez seguida que o comitê do Banco Central (Bacen) optou por não alterar a taxa.
No entanto, a divulgação da ata da reunião apontou para uma possibilidade de redução nos juros a partir de agosto.
S&P aumenta nota de crédito do Brasil pela primeira vez desde 2019
Em meados de junho, a S&P, agência de classificação de risco, mudou positivamente a nota de crédito do Brasil. Para a empresa, agora o país está no patamar BB-.
Apesar da movimentação positiva, o Brasil ainda apresenta grau especulativo, ficando três patamares abaixo do grau de investimento. A melhora no rating nacional foi a primeira desde 2019 e, segundo a agência, está relacionada às perspectivas de desempenho da economia e reformas realizadas.
Exportações da China caem 7,5% em movimento oposto às expectativas
Ao longo de junho, a economia chinesa apresentou sinais de desaceleração, como redução na produção fabril e diminuição no ritmo do mercado imobiliário. Um dos principais dados do período foi a queda de 7,5% nas exportações realizadas pelo país.
O resultado ficou bem abaixo das expectativas de crescimento de 1% nos valores exportados. Diante dos indicativos de dificuldade de recuperação sobre a economia chinesa, o país definiu o primeiro corte de juros desde 2022, buscando incentivar o consumo e os mercados internos.
Ibovespa tem a maior alta mensal desde 2020 e dólar cai em junho
Em maio, o Ibovespa — principal índice de ações da bolsa de valores brasileira — teve um desempenho positivo de 9%, superando os 118.000 pontos. Isso garantiu o melhor resultado mensal da B3 desde dezembro de 2020.
Além disso, a performance positiva no mês ajudou a consolidar o desempenho semestral do índice. De janeiro a junho de 2023, o Ibovespa teve uma valorização de 7,61%.
Já o dólar seguiu no caminho contrário. Além do desempenho mensal negativo em 5,62%, a moeda norte-americana se desvalorizou em relação ao real no semestre. A queda acumulada no dólar foi de 9,27% no período, a maior desde 2016.
CMN define meta de inflação até 2026 e muda regra de convergência
No final de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que a meta de inflação permanecerá em 3% para 2024, 2025 e 2026. A margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
No entanto, a decisão foi acompanhada por uma mudança de regime, que passará a ser de meta contínua a partir de 2025. A partir da implementação da mudança, o valor definido já não dependerá do ano-calendário.
As expectativas para julho
Além de conhecer os acontecimentos de junho, é fundamental entender o que poderá ocorrer em julho e nas semanas seguintes.
Confira quais são os pontos de atenção para o sétimo mês de 2023!
Discussões sobre a Reforma Tributária e arcabouço fiscal
Em junho, o Ministério da Economia enviou o texto da Reforma Tributária, com diversas mudanças sobre a cobrança de impostos no país. Devido à relevância do tema, é esperado que o projeto seja votado ainda em julho.
Além disso, o arcabouço fiscal foi votado pelo Senado. Devido às alterações realizadas pelos senadores, o projeto passará novamente pela votação na Câmara dos Deputados — o que também deve ocorrer em julho.
Movimentações nos EUA podem afetar os mercados
Historicamente, julho é um mês de maior volatilidade para o mercado americano. Isso se deve, por exemplo, ao início da temporada de balanços do segundo trimestre de 2023.
Além disso, o mês será marcado pela divulgação de dados econômicos do país e pela decisão do Fed, que poderá voltar a aumentar os juros da economia americana. Desse modo, os principais indicadores de ações do país poderão sofrer grandes oscilações durante o mês.
Ao ler este boletim, você conferiu quais foram os destaques de junho de 2023 e o que poderá acontecer ao longo de julho. Assim, você pode ficar mais preparado para lidar com os eventuais efeitos das mudanças no mercado financeiro.
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Fonte: Target Invest
