O mês de julho de 2023 foi marcado por questões financeiras relevantes no cenário nacional, como queda na inflação e sequência de alta do Ibovespa. No ambiente externo, aumentos nas taxas de juros deixam o mercado em alerta.
Entender o que aconteceu em julho é importante conferir as perspectivas futuras. Afinal, essas movimentações podem impactar sua estratégia e decisões de investimento nas próximas semanas — um exemplo é a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa Selic, nos primeiros dias de agosto.
Neste boletim mensal, você verá os destaques sobre o mercado financeiro em julho e as projeções para agosto.
Acompanhe!
Indicadores financeiros
Em julho de 2023, a bolsa de valores brasileira (B3) registrou alta pelo quarto mês seguido, fechando o mês com o maior ciclo de subida do pós-pandemia. Já o dólar se manteve praticamente estável e a inflação apresentou queda.
Ainda, houve o avanço do Índice VIX, indicando o receio dos investidores quanto à volatilidade do mercado.
Confira os resultados dos principais indicadores financeiros registrados em julho!

Destaques do mês de julho
Em julho, o mercado nacional se mostrou otimista, o que se refletiu nos resultados internos. Acompanhar o cenário ajuda a adaptar sua estratégia de investimentos, caso seja necessário, para manter o equilíbrio do seu portfólio.
Para saber mais, confira os destaques do mês, conforme os resumos semanais da XP Investimentos!
O principal impulsionador do Ibovespa no período foi a melhora do cenário econômico do país. Somado a esse fator, já havia uma expectativa de queda na taxa básica de juros (Selic) no segundo semestre.
Fitch rebaixa rating dos EUA e sobe o do Brasil
A agência de classificação Fitch elevou a nota de crédito (rating) do Brasil. A decisão foi tomada pela primeira vez em 12 anos e representou uma mudança de BB- para BB. Segundo a agência, o país teve um desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado.
Por outro lado, a Fitch rebaixou a classificação de crédito dos Estados Unidos no primeiro dia de agosto. A justificativa foi o risco de recessão e a preocupação com a situação fiscal da nação. Esses fatores levaram a diversos impasses sobre o teto da dívida no Congresso americano.
A nota de crédito dos EUA passou de AAA para AA+, com perspectiva de estabilidade. Com essa mudança, há a expectativa de manutenção da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião de setembro.
Os mercados também reforçaram a preocupação com a sustentabilidade das altas recentes das bolsas norte-americanas.
Inflação em queda nos EUA, Europa e Brasil
Brasil, Europa e Estados Unidos observaram quedas na inflação em julho. No ambiente nacional, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) caiu -0,07% em julho. No acumulado de 12 meses, houve recuo para 3,19% em julho, comparado a 3,40% em junho.
Nos EUA, a inflação ao consumidor ficou em 0,18%, com variação anual de 5,33% para 4,83%. A redução alivia as pressões sobre o Fed que, mesmo assim, elevou as taxas de juros.
No Reino Unido, a inflação ao consumidor passou de 8,7% para 7,9% no acumulado em 12 meses. Apesar da baixa, a pressão inflacionária permanece presente, em especial no setor de serviços. Já na zona do euro, a inflação fechou julho em 5,5%.
EUA e Europa sobem juros
A queda da inflação nos Estados Unidos não foi o suficiente para o Fed manter ou reduzir as taxas básicas de juros. Na verdade, o Banco Central dos EUA aumentou os juros em 0,25 p.p. e elevou o limite superior dos Fed Funds para 5,5%.
O Banco Central Europeu (BCE) também anunciou alta de suas taxas de juros em 0,25 p.p. Com isso, a principal taxa de refinanciamento atingiu o maior nível desde que o euro foi introduzido, chegando a 4,25% a.a.
As expectativas para agosto
Após conferir os principais temas de julho, vale a pena saber quais são as expectativas para agosto de 2023. A análise ajuda a entender quais fatores podem afetar seus resultados e o que verificar no momento de avaliar a eficiência da sua estratégia.
Confira o que esperar para o mês de agosto!
Efeitos das decisões do Copom no mercado nacional
Nos dias 1° e 2 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu e optou pela redução da Selic. Com a decisão, a taxa básica de juros foi para 13,25%.
A queda na curva de juros pode afetar o mercado de diferentes formas. Na renda fixa, por exemplo, os títulos prefixados e atrelados ao IPCA tendem a se valorizar no curto prazo, devido à marcação a mercado.
Movimentações nos EUA seguem em aberto
Apesar de ter subido as taxas de juros no fim de julho, o Fed manteve as decisões em aberto para as próximas reuniões. Em comunicado ao mercado, a instituição afirma que avaliará novas informações e suas consequências para a política monetária do país.
Como o ciclo de alta não está descartado, vale ter atenção a esse aspecto porque as taxas de juros dos Estados Unidos têm reflexo no mundo todo. Quando elas sobem, a tendência é que os investidores transfiram seus recursos de outros países para os EUA.
Com as informações deste boletim, você se manteve informado sobre os destaques de julho e em relação às expectativas para agosto. A partir desses dados, fica mais fácil compreender os movimentos do mercado e como eles podem impactar a sua carteira de investimentos.
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Conteúdo elaborado pela equipe Target Invest.