Quando uma pessoa física quer investir, ela precisa levar em conta seu perfil e seus objetivos. Mas quando se trata de uma pessoa jurídica, há mais um fator essencial a se considerar: o impacto tributário das aplicações financeiras.
É importante ter isso em mente para evitar surpresas e manter a empresa em dia com as obrigações tributárias. Por isso, continue a leitura para entender o impacto tributário dos investimentos para as pessoas jurídicas!
O impacto das aplicações financeiras em cada regime tributário
Nos investimentos para pessoas jurídicas, as taxas são cobradas de maneira diferente, a depender do regime tributário. Confira!
Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime tributário que simplifica o pagamento de impostos. Empresas de Pequeno Porte (EPP), Microempresas (ME) e Microempreendedores Individuais (MEI) são beneficiadas com ele.
A guia que os negócios pagam já inclui IRPJ, PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS, IPI e CPP, conforme o caso. Visto que o modelo é simplificado, as aplicações financeiras da PJ não requerem nenhuma atenção especial.
Assim que a empresa resgata o valor investido e realiza um lucro, há retenção de IR na fonte. Na próxima DIRPJ, é importante informar o valor do resgate e do imposto que foi retido.
Lucro Presumido
No caso do regime de Lucro Presumido, existe uma presunção do lucro líquido. Nesse sentido, não é preciso fazer cálculos complexos para descobrir o valor que servirá de base para a cobrança de impostos.
Mas é importante ter em mente que o resultado das aplicações financeiras entram na base de cálculo do lucro líquido da empresa, desta forma, caso a empresa apresente lucro em seu balanço, além do IRPJ, existirá a incidência de CSLL.
Lucro Real
Nas empresas do regime de Lucro Real, os resultados das aplicações financeiras também entram na base de cálculo do lucro líquido da empresa, então caso a empresa apresente lucro em seu balanço, além do IRPJ, o impacto tributário também se estende ao cálculo de CSLL, PIS e COFINS.
O motivo é que o Decreto nº 8.426/2015 estabelece o pagamento desses impostos por parte das empresas do Lucro Real quando elas fazem aplicações financeiras.
Alternativas de investimento para empresas
Além das diferenças tributárias, os investimentos para PJ são mais limitados na comparação com as alternativas para PF. Logo, não há tanta variedade como acontece quando vamos investir como pessoas físicas.
Ainda assim, é possível conferir alternativas para decidir. É importante considerar os objetivos da empresa e, claro, o impacto tributário. Afinal, não se pode esquecer as obrigações relacionadas com o pagamento de impostos.
As opções de investimento disponíveis para PJ incluem:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário);
- CRI e CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio);
- LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e do Agronegócio);
- Debêntures;
- Ações;
- Fundos de Investimento;
- COE (Certificado de Operações Estruturadas).
Em casos de investimentos que podem gerar prejuízo, como as alternativas de renda variável, há uma especificidade. Esse tipo de ocorrência gera créditos tributários que podem ser compensados pela empresa.
Uma conta gráfica é uma ferramenta útil nesse sentido. Por meio dela, sua empresa pode visualizar o detalhamento das aplicações para fazer o abatimento dos créditos tributários.
As aplicações financeiras PJ podem ser uma maneira de você guardar recursos que a empresa não está usando no momento. Mas, para aproveitar oportunidades, vale a pena conhecer os impactos tributários que elas terão. Além disso, sempre considere os objetivos corporativos antes de investir!
E além dessas dicas, recomendamos consultar seu contador para um melhor entendimento sobre às alíquotas incidentes e eventualmente a possibilidade de compensação de impostos caso existam créditos tributários a serem utilizados, visando reduzir o impacto financeiro na operação.
Quer saber como encontrar boas alternativas de investimento para sua empresa? Entre em contato conosco!
Conteúdo elaborado pela equipe Target Invest.